Segunda à sexta, das 8h às 19h.

Pterígio
O pterígio é uma patologia bastante comum. Trata-se da invasão da conjuntiva em direção à córnea, via de regra em um formato triangular. Os sintomas são olho vermelho, olho seco e pode causar baixa de visão nos casos avançados. O diagnóstico é clínico e o tratamento inicial com a prescrição de lágrimas artificiais, podendo necessitar de correção cirúrgica especialmente se estiver causando baixa visual.

Pinguécula
A pinguécula é uma degeneração da conjuntiva. É uma condição comum e pode ser observada como uma coloração amarelada na conjuntiva frequentemente localizada nasal à córnea. É mais prevalente em regiões quentes onde o índice de luz ultra-violeta é maior, sendo um fator frequentemente associado à essa patologia. Os sintomas são de sensação de areia e olho avermelhado. O tratamento é aliviar os sintomas com uso de lágrimas artificiais, raramente necessitando algum tratamento cirúrgico.

Conjuntivites
Conjuntivite Bacteriana
Conjuntivite Bacteriana
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A conjuntivite bacteriana é relativamente incomum, geralmente condição bilateral, caracterizada por olho vermelho e secreção mucopurulenta do olho. Os agentes etiológicos mais frequentes são o estafilococos, estreptococos e o hemófilus influenza. O diagnóstico é clínico e o tratamento é sintomático com compressas frias, lágrimas artificiais e antibióticos de amplo espectro tópicos.
Conjuntivite Viral
A conjuntivite viral é comum, altamente contagiosa, geralmente é uma condição bilateral, caracterizada por um rápido aparecimento de olho vermelho, prurido, lacrimejamento, acometendo inicialmente um olho seguido pelo outro. Os agentes etiológicos mais frequentes são o adenovírus, enterovírus e o vírus epstein-barr. O diagnóstico é clínico e o tratamento é feito com compressas frias, lágrimas artificiais e remoção de membras que podem se formar durante o quadro viral.
Conjuntivite Alérgica
Conjuntivite Alérgica
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A conjuntivite alérgica é causada por um alérgeno, quando em contato com o olho, gera uma reação de hipersensibilidade do tipo I mediada por imunoglobulina do tipo E (IgE). Apresenta algumas formas evolutivas podendo acometer a córnea em casos mais graves. Geralmente, está associada com outras doenças alérgicas como a asma, rinite alérgica e dermatite atópica, sendo a história familiar frequentemente presente. Os principais alérgenos desencadeadores de crise são pólen, ácaro, poluição, medicamentos, cosméticos, uso de lentes de contato entre outros. Os principais sintomas são olho vermelho e prurido intenso ocular. O diagnótisco é clínico baseado na história do paciente e no exame oftalmológico que evidencia sinais de inflamação na conjuntiva. A presença de reação folicular tarsal superior é bastante sugestiva de etiologia alérgica. O tratamento é feito através do controle ambiental e uso de lubrificantes. Nos casos moderados, podem ser usados colírios anti-histamínicos. Em virtude dos efeitos colaterais, corticoides tópicos devem ser reservados para o controle das exacerbações, devendo ser prescritos apenas por oftalmologistas quando indicado.
Conjuntivite Tóxica
O uso indiscriminado de descongestionantes oculares pode levar a sintomas de desconforto e olho vermelho. Comumente este tipo de medicamento contém vasoconstritores com ou sem anti-histamínicos. Se utilizados de forma inadequada eles podem causar conjuntivite com irritação, queimação, sensação de corpo estranho e olho vermelho. O diagnóstico é feito baseado na história de automedicação e pela exclusão de outras causas que também devem ser consideradas como diagnóstico diferencial. O tratamento envolve a descontinuação do medicamento tópico. Deve ser explicado que os sintomas podem piorar temporariamente para então melhorar após. Algumas vezes uso de corticosteróide pode ser utilizado para minimizar os sintomas de desconforto.

Esclerite
A esclerite é caracterizada por edema e infiltração celular de todo a espessura da esclera. É menos frequente que a episclerite, e pode variar entre um episódio leve auto-limitado até a processo grave e necrotizante que pode ameaçar a integridade ocular e costumam estar associado com doenças sistêmicas imunológicas. Associações com doenças sistêmicas são vistas em 50% dos casos, sendo a Artrite Reumatóide a mais comum delas, seguida de Granulomatose de Wegner e Poliarterirte Nodosa. A esclerite é classificada em anterior e posterior. A apresentação é similar à episclerite porém o desconforto é significativamente maior. O diagnóstico é clínico e o tratamento deve ser feito com anti-inflamatórios não-esteróides e corticosteróides orais, podendo necessitar alguma cirurgia em caso de perfuração ocular, e deve-se controlar doeça de base imunológica com imunossupressão sistêmica quando presente.

Episclerite
A episclerite é uma condição comumente recorrente, benigna, auto-limitada e frequentemente acomente adultos jovens. Eventualmente, pode estar associada com doenças sistêmicas mas não pode progridir para uma verdadeira esclerite. Pode ser do tipo simples ou nodular. Normalmente a apresentação é uma vermelhidão ocular unilateral associada com desconforto leve, dor e lacrimejamento. O tratamento nem sempre é necessário e serão baseados em lubrificantes, corticoesteróides tópicos e anti-inflamatórios não-esteróides orais.

Tracoma
O tracoma é uma conjuntivite bilateral que é mais comumente vista em países subdesenvolvidos e populações onde não há condições sanitárias adequadas. O agente etiológico é a Clamídia tracomatis sorotipos A, B, Ba e C. O diagnóstico é clínico mas pode ser necessário algum exame complementar para sua detecção. O tratamento é baseado nos sintomas com objetivo de evitar a formação de cicatrizes na superfície ocular.

Molusco Contagioso
O molusco contagioso é uma causa incomum de conjuntivite folicular crônica, usualmente unilateral. É causado molusco contagioso que libera partículas que causam toxicidade na conjuntiva. O diagnóstico é clínico e o tratamento ideal é a remoção da lesão causadora da conjuntivite.