A úlcera de córnea é uma condição que requer diagnóstico e tratamento precoce pois dependendo do agente causador pode se tornar uma grave infecção com potencial de perda visual permanente. Os principais agentes causadores são bactérias, fungos, vírus como o herpes, e protozoários como a Acantamoeba. A apresentação clínica pode ser abrupta ou insidiosa dependendo da virulência do agente infeccioso, com sintomas de sensação de corpo estranho, olho vermelho, dor, fotofobia, e visão embaçada. A progressão da infecção bacteriana costuma ser mais agressiva que a infecção fúngica. O fator de risco mais comum para o desenvolvimento de infecção bacteriana é o uso prolongado de lentes de contato. Corticóides tópicos aumentam a replicação dos fungos e facilitam a invasão da córnea e devem ser evitados no momento do diagnóstico. O diagnóstico é clínico, deve-se realizar a coleta de material para possível identificação do agente nos casos graves. O tratamento vai ser feito de acordo com a etiologia, seja por antibióticos, antivirais ou anti-fúngicos. Nos casos graves não responsivos à terapia clínica máxima ou nos casos de perfuração ocular pode ser necessário uso de cola terapêutica ou mesmo transplante de córnea de urgência.