Os implantes corneanos intraestromais surgiram na década de 1950 e foram descritos inicialmente por José Ignácio Barraquer com a finalidade de modificar a curvatura da córnea para promover a correção de erros refrativos. Os anéis corneanos passaram a ter uma importância maior na oftalmologia nas últimas duas décadas, especialmente devido aos números estudos de um grupo nos Estados Unidos e um grupo no Brasil liderado pelo oftalmologista Paulo Ferrara.
Em 1995, o anel passou a ser testado em córneas irregulares onde o excimer laser estaria contraindicado. Desta forma, a cirurgia de implante de anel mostrou ser capaz de melhorar a qualidade visual em pacientes portadores de ceratocone, astigmatismo alto após transplante de córnea, ectasia pós excimer laser, entre outros.
Antigamente utilizava-se da técnica manual para realizar o procedimento, porém atualmente o implante dos anéis guiado pelo laser de femtosegundo tornou o procedimento mais seguro e eficaz. O procedimento é indolor, feito em ambiente de bloco cirúrgico sob anestesia local em forma de colírio. No pós-operatório é prescrito ao paciente colírios antibiótico e anti-inflamatório para ser utilizado nos primeiros 30 dias após o procedimento.